
Ok, ok…Independentemente se goste ou não, a princesa pop punk ainda faz parte da realeza musical.
Esse não é um artigo crítico e muito menos de análise. Meu coração com estampa xadrez rosa e preto ainda bate forte!
Há algumas semanas Avril Lavigne começou a sua turnê “The Greatest Hits Tour” que nos foi servida com o controverso álbum de mesmo nome (mas isso é assunto para mais tarde, vamos focar na turnê.). E sinceramente, ela NUNCA CANTOU TÃO BEM.
Avril é aquela vocalista que possui uma identidade vocal muito bem consolidada, desde seus registros agudos logo em seu debut e sua evolução que trouxe algumas “meiguices” e “jeitinhos” em sua voz. Que subiu mais ainda. E além disso, Avril é aquela vocalista que sempre trouxe muita polêmica sobre seu gênero musical de escolha.

“Ela não é pop punk!” / “Ela nem é do rock!” , essas são apenas algumas afirmações que pairam sobre a canadense, mas ao mesmo tempo que ela não é, ela nunca saiu da cena. Sempre com uma estética que particularmente deu início a estética Monster High, ela sempre se colocou em um lugar preto e rosa e nunca saiu dele. Ela é a nossa patricinha do rock. Ou do pop, ou pop rock, ah no final, que seja!
Essa nova turnê mal começou e já está sendo extremamente bem sucedida e pode nos mostrar algo: se você der seu coração à arte e se comprometer com a disciplina, a sua obra vira atemporal. Esse não é um artigo analisando o album, vocal, estilo ou algo do tipo, mas sim sobre a emoção que eu senti vendo um mar de pessoas cantando Sk8ter Boy e Losing Grip em um festival de sucesso na ALEMANHA, e isso se repete em todos os lugares, e como eu já disse, ela está abençoando ouvidos pois essa loirinha deve ter ensaiado tanto, mas tanto!

Essas canções marcaram uma geração, elas diziam algo e foram feitas como um bordado. Mas seriam elas realmente tão boas que alcançaram a atemporalidade ou apenas nostalgia? Conversei com meu marido e amigos sobre isso, e entre respostas vindo de “ah, eu gosto muito dela” e chegando em um seco “não gosto”, uma coisa ficou unânime: Não há ninguém mais na cena da música como Avril.
Seja persistir em uma identidade musical que deu certo, ou falta de amadurecimento musical, isso é verdade. Avril Lavigne tem uma sonoridade, estética, vocal, instrumental, únicos em suas músicas que às vezes é exatamente o que o nosso coração precisa. Quem nunca precisou gritar com toda a força pra alguém que te machucou que essa pessoa destruiu seu final feliz? E COM UM RIFF DE GUITARRA PRA SUSTENTAR ESSE GRITO?? É o que todo mundo precisa?
Enfim, sendo esse riff de guitarra fraco ou não, sendo esse vocal meigo demais para o gênero ou não, uma coisa eles são: únicos. E além disso eles são trabalhados, não são feitos em cima de uma batida genérica com auto-tune. São um tipo de arte. A Avril Lavigne se tornou isso, a girlie-pop pop punk que todos conhecem, ninguém faz como a Avril, e ninguém continua fazendo música como a Avril. E particularmente, desde que você faça sua arte estritamente pela arte, há espaço para todo mundo nesse mundo.

- Lavigne performando no Tinderbox Festival na Dinamarca
Seja por pura nostalgia, ou por excelência musical, Avril Lavigne está na cena ainda reivindicando seu lugar na realeza da cena e nós, agradecemos muito! Continua Avril, por favor!